Big Data no Brasil no mundo Telecom (A implantação)
Como primeiro post a ser publicado na página vou iniciar um pouco diferente talvez dos demais posts relacionados a Big Data que já tive a oportunidade de ler.
O Big Data como muitos talvez já tenham tido a oportunidade de ler ou pesquisar serão encontradas diversas e infinitas definições, desde os 3 V´s mais falados (Volume, Velocidade e Variedade) e até mesmo do termo muito usado como o "o ouro do lixo", onde é citado a importância das informações que na realidade sempre existiram, mas não eram utilizados por N fatores, falta de capacidade tecnológica para manipulação de dados, falta da necessidade extrema de se buscar mais detalhes para conseguir ter o melhor conhecimento do cliente ou qualquer assunto necessário, tal fato também só foi possível devido aos avanços da internet, redes sociais, smartphones e seus aplicativos, tablet´s e com certeza outras tecnologias que estão ainda por vir.
Lembro que quando comecei a pesquisar sobre Big Data inicialmente fiquei fascinado, eu me perguntava como isso é possível ?, de que modo?, e pensava "nossa isso realmente vai mudar o mundo".
Bem, de fato ,sim mudou, está mudando e vai mudar, mas não na intensidade e velocidade que pensava, e então vinha outros pensamentos como: "Ou aqui (Brasil) estamos anos luz atrás do resto do mundo ou tem algo que faz sermos diferentes" que não, não é o que está pensando, corrupção, política, isso já sabemos que somos muito diferentes, e com isso mais perguntavas "sobrevoavam" em minha mente.
Aos poucos aprendi que a "coisa" realmente não é bem assim, vi diversos profissionais chegarem aqui e dizerem: Com o Big Data você pode saber o que o cliente tem preferência por meio da sua rede social, podemos ter acesso as pesquisas que o cliente realiza, e sempre os ícones das redes sociais e buscadores estão nas apresentações, Google, Twitter, Facebook e outros.
Enfim de fato isso é meia verdade, pode ser que para muitos isso deve ser muito claro, mas no dia-a-dia vi que inclusive as prestadoras que realizam implantação do Big Data também não tinham ciência disso aqui, porque quando realizada as perguntas e como eu faço isso ou vejo aquilo, Resposta: "Então senhor na verdade essa informação é criptografada, não temos acesso, ah! então e aquela outra, também é criptografada, então acho que devemos mudar o discursos de posso utilizar redes sociais, buscadores de pesquisas e especificar melhor esse detalhes nas palestras e apresentações, não é?
Percebi então que aquilo que achei que era mais fácil que teríamos acesso a isso ou aquilo não seria possível e a "mineração dos dados" tão procurados não era bem aquilo que poderia ser trabalhado e sim parte dele ou algo assim, então o desafio se transforma mais e cada vez mais.
Outro ponto que percebi é que como os dados nunca foram utilizados, geralmente não se há uma documentação precisa, quando há documentação, e pessoas que entendam no detalhe da informação, quando há também pessoas, isso acontece em nas mas diversas companhias, pequenas, médias e grandes, outro obstáculo a se contornar.
Um dos fatores muito curiosos que vi que talvez era claro para nós, mas não para muitos que aplicaram a tecnologia lá fora, é que o Brasil, sim o Brasil, de fato tem uma forma diferente de clientes, e sim existem mas muito diversidade, desde volume de dados, como característica imensamente distintas por conta de termos classes sociais de consumo com características se não podemos dizer surpreendentes, alguns podem discordar mas não estou dizendo isso simplesmente da minha cabeça, mas com base nos contatos que tive com profissionais dos EUA, chineses, Argentinos e Tchecos.
Agora podemos dizer, ok, mas aonde entra Telecom nisso tudo?, no mundo Telecom temos muita, mas muita informação acho que todos podemos imaginar que atualmente, não sei se parte da população ou praticamente toda tem um aparelho de celular, smartphone sabemos que isso diminui e há muitos que só possuem aquele celular que liga e desliga somente mesmo para fazer chamadas, mas enfim, no mundo telecom temos uma rica gama de oportunidades e de informações que existem, desde a ligação do cliente, ao acesso a rede por utilizar algum app e até mesmo regiões de onde o cliente recebe chamadas ou tem uma falha de ligação e é nisso que somos diferentes, nosso volume em alguns casos é imensamente maior do que outros países que possuem cases de Big Data em Telecom, e quando muitas prestadoras chegam aqui percebem que de fato é diferente e talvez aquela performance e aquela velocidade não é possível pra aquilo tudo que se era pensado, e toda aquela informação talvez precise ser reduzida para invés de começarmos uma corrida "na serra pelada pela maior pepita de ouro" devemos observar melhor e reduzir o garimpo para poder acertar o mínimo pra evoluir, afinal um avião JUMBO não foi construído primeiro que um 14-BIS, não é verdade?
A grande dificuldade não está somente na tecnologia de fato, mas sim nas barrerias a serem quebradas, contornadas antes de se pensar em implantar, as empresas atualmente , grande maioria, querem testar essa nova tecnologia mas esquecem que antes precisamos mudar um pouco a cabeça, a cultura das pessoas, desde os superiores até os que estão abaixo, o Big Data se bem utilizado é uma tecnologia que associada a ferramentas pode ser fantástica, mas como todo nova tecnologia, não se deve pensar em buscar logo a "pepita de ouro maior que existir", talvez precisemos começar com uma "pérola", mas como todo e bom mercado dinâmico, precisamos dos dados para ontem, não é?, mas o que adianta se ter os dados se não tivermos tempo para analisar e pensar no que irá ser feito com ele, que na minha opinião é o ponto mais importante, caso contrário ficaremos com um ouro ou uma pérola solta, sem joia trabalhada para vender o conjunto.
A tecnologia é diferente, o modo de integrar com os nossos Data Ware Houses é diferente, e também é preciso analisar isso, para verificar comportamento, porque como acho que muitos já conhecem a realidade, depois de entregue o chocolate para criança ela não quer saber da onde vem ou de como é feito, e o que é preciso para se obter, ela quer é chocolate.
A maior barreira não está na Tecnologia, mas no modo como as pessoas acham, agem e aceitam ela, o mundo quer novas tecnologias, mas muitos não querem mudar como a Tecnologia, e claro ninguém é obrigado a mudar, mas as vezes é preciso um pouco e como sempre um só não adianta, precisa ser mudado o todo, afinal o que mais é "pregado" é trabalho em equipe, certo?